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PANDEMIA SOCIOEMOCIONAL: NEGLIGÊNCIA COM O AUTOCUIDADO E ADOECIMENTOS PSÍQUICOS

Atualizado: 25 de mai. de 2023

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim do Estado de Emergência da pandemia da Covid-19 no começo deste mês de maio. Em virtude disso, podemos afirmar que finalmente saímos de uma pandemia relativa à saúde fisiológica. Porém, que impactos desse contexto repercutem em nossa saúde mental e qual o papel do autocuidado diante disso?


É fato que a pandemia ampliou a sensibilização mundial sobre a necessidade do olhar atento e cuidadoso para si, sendo esse uma ferramenta substancial de enfrentamento às vulnerabilidades psíquicas, seja em momentos de adoecimentos, adaptação, mudança ou sobrecarga socioemocional.


Apesar disso, a efetivação e a consciência da manutenção do autocuidado é frequentemente negligenciada, o que faz com que recorramos a ele quando já estamos muito fragilizados com os adoecimentos psíquicos que perpassam as nossas vivências, tendo em vista que essa percepção pode ser difícil, especialmente nos moldes atuais - onde somos levados a manter um comportamento positivamente tóxico diante as adversidades, ou mesmo por se empenhar em produzir ao máximo as tarefas profissionais e acadêmicas, deixando em segundo plano a importância das nossas próprias questões existenciais. À vista disso, cada vez mais encontramos pessoas com sintomas ansiosos e/ou depressivos, não à toa esses adoecimentos são considerados “as doenças do século”.


Nesse sentido, cabe voltarmos nossa atenção à maneira como estamos nos sentindo diante de questões que possam nos levar a um estado de vulnerabilidade e instabilidade emocional, a fim de evitarmos cair em uma nova pandemia, a dos transtornos emocionais. Por essa razão, fique atento às pistas que se apresentam na sua rotina, indicando que pode ser o momento de se concentrar mais em você, por exemplo:

1. Esgotamento emocional, levando à instabilidade no humor e acessos de raiva;

2. Sentir-se cansado mesmo após ter dormido o suficiente;

3. Mudanças no apetite com ganhos ou perdas de peso;

4. Sentimentos de angústia constante;

5. Insônia e sobrecarga de responsabilidades.


Caso tenha percebido algum desses sinais, chegou o momento de se concentrar mais em seu autocuidado. Lembre-se de que para manter sua saúde mental em equilíbrio é importante cuidar de si com regularidade e isso não é um ato egoísta ou imprudente - é uma parte essencial da manutenção do bem-estar para que todas as áreas da sua vida fluam da melhor maneira possível.


Para isso, algumas práticas podem contribuir, tais como:


Identificar e gerenciar o estresse; dormir bem e de forma regular; estabelecer práticas saudáveis, como alimentação balanceada e se exercitar com frequência, promovendo alegria e relaxamento; manter sua socialização em dia com amigos e familiares para prevenir sentimentos de isolamento e solidão; fazer algo que você goste, como ler, ouvir música ou assistir a um filme pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar o humor; e por último, mas não menos importante: busque terapia.


A terapia é uma ferramenta muito importante no gerenciamento da saúde mental e útil ao autocuidado, uma vez que um profissional capacitado pode fornecer o melhor apoio e orientação para o enfrentamento de problemas, bem como ajudar a desenvolver estratégias para lidar com as diversas situações que estejam provocando a vulnerabilidade psicossocial.


Além disso, não esqueça que o autocuidado não é apenas importante para o aspecto da saúde mental, mas também pode ajudar a prevenir problemas de saúde física. É importante encontrar um equilíbrio entre as atividades que promovem saúde em todos os aspectos, com o intuito de garantir recursos para enfrentar os percalços da vida, vivenciando-a de uma maneira mais flexível, saudável e prática.


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Ana Clara Nunes Moraes

Acadêmica de psicologia - UFMA

Estagiária Psicologar

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